sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A chamada de Abraão

Gn 12.1-3  " Ora, o Senhor disse a Abrão: sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E  far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tú serás uma benção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.  _____________________________________________________________________________  

    A chamada de Abrão ( posteriormente chamado Abraão. 17.5), conforme a narrativa de Gênesis 12, dá inicio a um novo capitulo na revelação do AT sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana. A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos (ver 18.19). Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de Deus. Dessa nação viria Jesus Cristo o Salvador do mundo, o prometido descendente de mulher (Gl 3.8,16,18). Vários princípios importante podem ser deduzidos da chamada de Abraão.

  • A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares, para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.13). Em Abraão, Deus estava estabelecendo o princípio de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida deles.
  • Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma benção que alcançaria todas as nações da terra. O NT ensina claramente que a ultima parte dessa promessa cumpre-se hoje na proclamação missionária do evangelho de Cristo (At 3.25; Gl 3.8).
  • Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial. Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra, e sim no céu; uma cidade cujo artífice e construtor é o próprio Deus. A partir de então, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde abitaria eternamente com Deus em justiça, alegria e paz (Hb 11.9,10,14-16; Ap 21.1-5). Até então, ele seria estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.9,13).
  • A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos. Deus requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido. A obediência e a dedicação demandavam:
a- confiança na palavra de Deus, mesmo quando o cumprimento das promessas pareciam humanamente impossível.

b- obediência a ordem de Deus para deixar a sua terra (Hb 11.8).

c- um esforço sincero para viver uma vida de retidão.
  • A promessa de Deus a sua benção sobre ele, estenden-se, não somente aos seus descendente físicos, como também a todos aqueles que com fé genuína aceitarem e seguirem a Jesus Cristo, a verdadeira "posteridade" de Abraão (Gl 3.14,16). Todos os que sao da fé como Abraão, são "filhos de Abraão" (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9). Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl3.29), o que inclui o receber pela fé "a promessa do Espírito" em Cristo Jesus.
  • Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé em salvífica (Rm 4.1-5,16-24; Gl 3.6-9; Hb 11.8-19; Tg 2.21-23). Biblicamente, qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvífica.

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